Corre um vento louco
pelas avenidas da cidade,
dando rasantes sobre os chapéus
dos desavisados.
Corre esse cavalo maluco,
procurando por todos os cantos,
largando espuma por onde passa.
Ele entra pelas portas das lojas,
pelas janelas indiscretas
e sai pra rua outra vez.
Então, como um míssil teleguiado,
como uma flecha viciada,
ele me encontra, enquanto olho pro céu
e estoura no meu peito distraído
para dar a luz a esse poema.
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